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Orientações

As Listas de Recomendações podem ser geradas por variados grupamentos profissionais, devendo, para utilização da marca Choosing Wisely Brasil, passar por processo que inclui etapas como pré-autorização, orientação, revisão final e publicação em layout padrão.

Para as Listas...

orientações gerais 

O objetivo principal é gerar lista com recomendações sobre intervenções em saúde que NÃO devem ser adotadas ou que, pelo menos, devem ser minimizadas. Serão sobre testes/exames, procedimentos, tratamentos ou outras ações com pertinência local e que são inócuas, de benefício absolutamente incerto ou podem trazer mais potenciais riscos aos pacientes do que benefícios.

Gerar recomendações a partir de AUTO-CRÍTICA. Em outras palavras, identificar o que o grupamento profissional a que pertence pode fazer melhor, abandonando ou minimizando práticas de baixo valor. Escapem da tentação de apontar o que a especialidade concorrente não deve fazer.

Evitem apontar o que não fazer quando a questão envolve apenas uma determinada informação a que pacientes devem aderir. Queremos recomendações que tornem o próprio grupo emissor melhor. Exemplo seria uma recomendação para pacientes pararem de fumar. Existe o fator de risco! A recomendação é mais do que sensata! Entretanto, nas listas da campanha CW, queremos saber onde 'menos é mais' acerca de práticas que o grupamento profissional responsável por emitir a lista costuma, ele próprio, oferecer, e que devem ser minimizadas (observem novamente o princípio da autocrítica). 

Cuidados de baixo valor em saúde são cuidados que oferecem ganhos ilusórios ou a partir de benefícios marginais (clinicamente não relevantes). Que até produzem eventuais benefícios clínicos, mas esses não superam danos ou custos de várias naturezas, não apenas monetários. 

Cada grupamento é livre para determinar o processo de criação de sua lista. Fundamental é uma definição a priori e transparência. Entrem em contato com a CWB para conhecer metodologias que deram mais certo. 

Deve existir um bom embasamento científico amparando as recomendações (lembrando que insuficiente comprovação de eficácia, ou a não adequada rejeição da hipótese nula, são justamente um dos escopos principais de nosso trabalho).

O processo de desenvolvimento da lista deve ser rigorosamente documentado e transparente em todas as suas etapas. Todos os membros da entidade devem ter a oportunidade de escrutinar o trabalho antes da publicação final das recomendações.

Estimulamos que criem um ambiente virtual em que os membros possam propor alterações ou contestar recomendações - antes do grande debate com a comunidade. 

Antigamente, empregávamos uma votação aberta aos membros da associação que determinava as recomendações finais, a constar no material com layout padrão. Processo está substituído por uma gestão transparente do dele todo, podendo votação simples ou Método Delphi ficar a cargo da força-tarefa ou especialistas designados. 

Não basta a escolha ser sensata então. O foco de nossa iniciativa está no quando “menos é mais”, minimizando cuidados de baixo valor.

Por transparência, deve-se compreender que os membros da respectiva entidade não devem ser surpreendidos com uma carta de recomendações CW. 

Consideramos os diálogos internos, na etapa da elaboração das listas, tão importantes quanto o resultado final. 

Para as Listas...

A LISTA PROPRIAMENTE DITA

Deve ter pelo menos 5 recomendações, e no máximo 10.

Iniciar toda recomendação com as expressões “Não” ou “Reflita muito antes "de” (a opção pela expressão mais enfática não tem caráter prescritivo, sendo estimulada como forma de provocar debates, até mesmo contrapontos).

Use linguagem simples na recomendação propriamente dita, considerando que seja bem compreendida também por leigos.

Cada recomendação deve ser apresentada preferencialmente como uma sentença simples, no máximo duas, tudo com não mais do que 220 caracteres (com espaços).

Evite armadilhas que recomendem fazer, nosso foco é o contrário. Exemplo: “Não prescreva medicação sem olhar interações”, o que acaba por significar “avalie interações e prescreva”.

Os textos de apoio devem trazer a justificativa para a recomendação, apontando as exceções de quando a intervenção é apropriada. Orientar possíveis alternativas às medidas desencorajadas, sempre que disponíveis. Não deve conter mais do que 600 caracteres (com espaços).

Evite recomendações genéricas demais. Exemplo: “Não solicite exame sem indicação específica”. Costumamos recomendar intervenções em saúde acreditando em indicação, senão não o faríamos. Apontem objetivamente quando NÃO fazer, o que é e o que não é indicação específica.

Imediatamente após a conclusão dos trabalhos, previamente a qualquer divulgação, a sociedade deve encaminhar o produto final à Coordenação Geral da Choosing Wisely Brasil para aprovação do material e, posteriormente, planejamento de divulgação concomitante.

O trabalho final deve ser publicado na seção Choosing Wisely do Journal of Evidence-Based Healthcare, da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

As listas devem ser revisadas no mínimo bianualmente para serem consideradas ativas.

Termos de parceria parahospitais e outras organizações de saúde prestadoras de serviço 

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